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História de Markus

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Mensagem por Dancain Qua Abr 19, 2017 2:33 pm


"Grandes herois carregam os fardos de batalha, não nos seus ombros, mas em seus corações de pedra"

CAPITULO 1
Nascimento e Criação

Nasci em berço de ouro, meu pai já possuía posses e fui criado em um ambiente de relativa nobreza, ele era comerciante, dono de terras e navios ao sul da europa. Sou o segundo filho de sete, quase dois anos mais novo que meu irmão mais velho, tres irmaos de sangue e mais quatro meio-irmaos (todos homens).
Como todo primogenito meu irmao era o favorito e retinha a prioridade e a total atenção do mei pai, minha mae morreu antes de eu poder me lembrar dela, e minha segunda mae amava os seus filhos, desprezando eu, meu irmão e irmã. Logo que me lembro por gente, meu pai foi um nobre desbravador, havia comprado mais terras ao norte de africa, e para lá nos levou, nos anos seguintes ele se tornou mais rico, lembro ele comentando que estava-mos lá porque 'eles' precisavam de nós por la. Esses 'Eles' sempre pensei que fossem os outros nobres, hj sei quem eram. Meu pai prosperou nosso nome e nos tornamos uma familia rica e influente.
Meu pai nunca me dirigia palavras boas, somente palavras de desprezo e chacota. Talvez essa falta de carinho tenha me feito que sou hoje, so nao me tornei quem meu pai foi por despreza-lo a ponto de nao querer ser como ele. Em vida já fui muito mais do que ele.
Eu e meu irmao fomos letrados, treinados em boxe e esgrima, nosso professor foi Heitor, um comandante da milicia, uma pessoa muito fria e solene, era extremamente culto e perito nas artes de esgrima e boxe. Eu notoriamente era muito mais inteligente que todos os meus irmaos juntos, eu não tinha dificuldade em aprender nada, por mais complicado que fosse, certa vez em uma tarefa logica, cheguei a arrancar um sorrizo de Heitor e um elogio. Depois de algum tempo, Heitor começou a se dirigir a mim de principe Markus, o que deixava meu irmão irritado.
No boxe eu era bom tambem, pois conseguia identificar as falhas na postura ou no ataque e me sobresaia, eu realmente era bom boxiador, o melhor do feudo. No entanto na esgrima eu era desajeitado, lutar com espada era totalmente diferente de lutar com as maos, eu simplesmnete nao conseguia me defender direito com uma espada, embora tivesse a agilidade para maneja-la, minha habilidade com a espada era muito mais reflexo do que tecnica, e ainda assim eu manejava melhor que muitos.
Durante os anos seguintes todos meus meio-irmaos morreram, todos de doença ou acidente, por fim o ultimo meio-irmao morreu em um incendio em nosso feudo, foi minha madrasta quem colocou fogo no feudo. Naquela época ela estava loca já, falara que demonios haviam levado seus filhos, e que eu, meu irmao e meu pai eramos amaldiçoados. Por fim, colocou fogo no feudo e morreu junto com seu ultimo filho. Não lamentei esse acontecomento, so lamentei a morte de inocentes pela loucura dessa mulher.
Eramos agora apenas meu pai e seus tres primeiros filhos, os anos passaram e meu pai arranjou o casamento de minha irma com um nordico. Eu e meu pai acompanhamos ela para o casamento, assim como eu, meu irmao já era adulto e ficou cuidando dos negocios na ausencia de meu pai. Apesar de ser o filho notoriamente mais inteligente, meu pai não me envolvia nos negocios, mas ainda assim eu me metia, atraves do meu irmao.

O norte era de fato frio, bem frio, meu pai ficou no meio do caminho, em nosso antigo feudo ao sul do continente, nem o casamento da sua filha era importante para ele, coube a mim ser seu representante. O casamento de minha irma foi grande, meu pai casou ela com um barao rico da regiao, apesar de ele ser mais velho e viuvo.
Nesses anos que passei no norte antes de voltar conheci Ane, que foi meu amor motal. Os poucos anos que passei com ela foram os melhores que me recordo, mas como tudo na minha vida mortal, minha alegria morreu durante o nascimento de minha primeira filha. Fui embora, deixei a criança com minha irma, e nunca mais retornei.
Voltei para o feudo ao norte do mediterraneo onde nasci, meu pai me casou com outra familia influente, pena que minha esposa era terrivelmente feia e porca. Vivi infeliz, e fiz de minha vida meu trabalho, meus filhos desprezei desde seu nascimento. Minha unica alegria era bater nos outros durante minhas lutas no feudo.
O resto de minha vida foi dedicada ao nome da familia, me meti com politica, fui co-fundador da federação comercia do mediterraneo. Tenho historias de assassinatos e tentativas de assassinato, mas isso cabe para outra hora. Cheguei a um grau de influencia que nao tinha mais o que oferecer para aumenta-la, isso me frustava muito.
Fiquei sabendo anos depois da morte de meu irmao mais velho, aquele velho egoista sequer me comunicou, fiquei sabendo atraves de favores.
Minha familia se tornou muito importante no mercado mediterraneo, devido aos minha decisoes de para a criação de uma federação comercial, atingi prestigio por todo
o sul da europa, minha familia, com a soma de todas as casas se tornou uma das mais ricas.
Meu pai viveu bastante, acho que chegou aos incriveis oitenta anos, fiquei sabendo que estava doente e que queria me ver antes de sua morte. Atravessei o mediterraneo para encontra-lo, e em seu leito de morte se desculpou pelas suas falhas, mas já era tarde, eu não ligava mais para suas desculpas, eu nem queria ter que ouvilas. Sob apenas a presença do chefe de sua guarda pessoal.
M: "Nossa unica ligação é nosso sangue ... não posso lhe perdoar por algo que não fizestes ... Não nutro quaisquer sentimento por voce, és apenas um pedaço de carne podrico que quer o calor de palvras para morrer em paz, de minha parte não teras palavra alguma, serei para voce o que você fostes a para mim ...
M: Es um estranho e não tenho quaisquer dever para com você.
Eu já estava velho e vivido, com herdeiros que detestava e sabia que ruiriam meu legado, o que falei nao foi um desabafo, eu havia pensado sobre esse momento a muito tempo. Mas a resposta que meu pai me dera não era esperada, eu jamais a teria previsto.
Ele disse: "Heitor, nosso trato esta feito, ele está pronto para você!".
Fiquei surpreso com meu pai, e ainda mais qaundo o guarda retirou o seu helmo, e era Heitor, ainda jovem.
Heitor caminhou ate meu pai e falou friamente: "Demorastes velho inutil, nao tenho o poder de retroceder sua doença, você morrera mesmo se voltar a ser jovem. Durma agora e espere seu iminente fim."
Eu apreciei a reação de preocupação que meu pai fez, como se tivesse perdido algo muito importante para ele, sequer expressou raiva, lacrimejou e deitou.

Eu tentei sair da sala, mas subtamente Heitor parou frente a porta e me conduziu ao aposento do lado, onde conversamos.

H: Principe Markus, fostes criado para mim, para ser meu filho, dentre todos os que avaliei fostes o unico capaz de ser como eu...
Ainda assim lhe ofereço a escolha, queres acabar como seu pai e me dar um dos seus filhos em troca de juventude eterna, ou queres se tornar um ser eterno e caminhar ao meu lado?

Não me surpreendi com sua proposta, eu ja havia lidado com gente do tipo dele, o que me assustava era o fato de eu adimira-lo.
Respondi rapidamente sua proposta.
M: Claramente es um Vampiro, sua espécie é amaldiçoada, autodestrutiva, manipuladora e perversa, por que acredita que eu gostaria de ser um de vocês ou me sujeitar a sua vontade?

Então Heitor riu, isso sim me surpeendeu, pois pareceu satisfeito ao rir.

H: Ora Principe, sempre me surpreendendo, inverteu completamente a necessidade de minha proposta, se colocou como agente principal em destaque como se você fosse o a peça fundamental de toda a discussão.

M: E não sou? Não me convenceu ainda qual seria meu interesse nisso, me propoe a morte? a juventude? ... Sou vivido, já tive meu tempo, tive minhas conquistas, morrerei hoje ou amanha satisfeito com elas.

H: Morrerá mesmo ... Sei que não tens interesse em viver, em toda sua vida fostes infeliz ... uma bosta de vida, como a minha foi ... Esta realmente satisfeito?
Não se engane principe, eu e voce sabemos muito bem que não está, te conheço tão bem quanto você, eu sei que você quer mais, eu sei o que acontecera quando morrer.
Sei de seu medo de seu nome desaparecer os os energumenos de seus decendentes. Sou o único que tem a condição de lhe conceder o que queres.

M: E o que eu quero Heitor?

H: Poder alem do que é capaz de ter, sei que quer continuar seu trabalho e ir alêm, sei que tenta barganhar com o senado mas não tem nada a oferecer, ja pensou em oferecer algo alem da realidade mortal?

M: E o que você ganha?

H: Eu ganho aquele que respeito e acredito que sera um excelente cumplice.
Sou sim um vampiro, sou novo, e relativamente forte. Meu criador esta morto, e preciso de um igual para não me desgarrar e virar pó. Preciso de um pilar para me sustentar, e já tenho me sustentado em voce a muito tempo.

M: E como vai ser Heitor? Vai esperar a lua cheia e me sugar todo o sangue?

Então subtamente Heitor me segurou pelo pescoço e disse: "Primeiro te farei jovem novamente, e depois te matarei..."

CAPITULO 2
Primeiro Centenario

Minutos após meu abraço, me senti diferente, uma sensação que não consigo descrever, uma paz, um sentimento de despreocupação, como se eu tivesse todo o tempo disponível no universo para executar meus desejos. Heitor falara que isso era Temporis, meu dom desperto, e esse dom me fazia ser o que sou desde minha vida mortal, só que estivera latente somente esperando meu despertar.
Sou True Brujah, naquela época não existia distinção entre os despertos pelo tempo e os "acelerados", acelerados são aqueles nascidos com a habilidade temporal crua e passiva. Heitor me explicara que nos eramos descendentes de Brujah, e entre seus descendentes existia uma bipolaridade, ou eramos temperamentais, ou eramos incapazes de demonstrar sentimentos, e eu, assim como meu senhor me tornei frio de sentimentos. Apesar se ser frio sou capaz de sentir tudo, amor, ódio, medo, afeição, remorso, mas sou incapaz de demonstrar um sentimento superior a um sorriso, embora eu não tenha vontade de sorrir quando algo me agrada, eu tento demonstrar para não parecer tao atípico.
Quando fui abraçado por Heitor, meu corpo morreu, meu toque era frio e sem vida, quando tentava comer não ficava em meu estomago. Isso não poderia de ser assim, Heitor me chamava de tolo por dizer que eu deveria ser mais humano, que meu toque não devesse ser frio, como eu poderia firmar quaisquer acordo sem um banquete e sem um caloroso aperto de mão? Logo cedo, com menos de um mês de não vida, consegui não vomitar mais a comida logo apos a ingestão, e depois de alguns meses consegui com muito esforço me concentrar para fazer meu corpo esquentar. Embora Heitor não demonstrasse, ele ficou impressionado. Enfim, agora eu estava pronto para continuar com meu trabalho, tinha somente antes dominar meu dom.
Heitor era jovem para um vampiro, aprendi sobre a hierarquia dos membros e quis me incluir nela, eu deveria ser tao importante para os membros quanto sou para os humanos, eu deveria me tornar indispensável.
Nos anos seguintes descobri que tinha um dom raríssimo, totalmente ao acaso, em um de nossos treinos, enquanto Heitor brincava comigo em combate, me fazia de bobo e me demonstrava como um opoente poderia me humilhar, eu me enraiveci, e com impeto o desferi um golpe forte. Porem esse golpe o machucou, algo estranho, pois meu golpe o feriu como fogo. Heitor pareceu animado com essa descoberta, embora não demonstrasse eu sentia uma certa satisfação, meu boxe se tornara perfeito naquela época, mas não era “divino”. Treinei por alguns anos com um mestre do oriente, que viera da china, sua técnica era reconhecida e seus punhos incrivelmente mortais. Quando o observei lutando, me impressionei, nunca havia visto graciosidade de movimentos se transformarem em poderosos golpes, meu boxe era rudimentar em comparação a isso. Os movimentos da técnica imitavam animais, tigre, macaco, graça, louva-deus, enfim, uma técnica conhecida como os doze punhos. Esse mestre humano, era diferente dos demais, era vivido, porem jovem, teve sua vida prolongada para a preservação da técnica, Heitor e eu tivemos nosso momento com ele. Pelo tempo de uma década ele nos transmitiu seu conhecimento, seu preço foi juventude, para que pudesse melhorar a sua técnica com a prolongação de sua vida. Desconfio que não foi a primeira vez que ele fez isso, pois foi ele quem chegou a nós oferecendo a técnica. Com ele aprendi a canalizar minha fúria reprimida, algo que Heitor não conseguia, sou capaz de ferir gravemente não somente com os punhos, mas com qualquer parte de meu corpo, não necessito de magia, nem de transformação, basta apenas um pouco de concentração, essa minha técnica guardei como um segredo, pois não tinha a intenção de mostrar a não ser quando ela fosse exigida.
Nas décadas que passaram consegui status e prestigio, Heitor não ligava muito para isso, minhas habilidades foram aumentando também, assim como as de Heitor. Desenvolvi a habilidade temporal acima a de Heitor nesse período, algo que me dava um controle sobre todas as minhas decisões e ações de forma segura, já Heitor ficou “indestrutível”. Ele era um filosofo guerreiro, não ligava para politica, ligava apenas para sua filosofia e literatura e como elas o tornavam um grande mestre guerreiro. Eramos de certa forma complementares.
Embora meu status fosse no domínio do príncipe morcego, eu atuava na sociedade mortal, que muitas vezes necessitava que eu comparecesse a banquetes e eventos em países distantes. Na sociedade mortal, a juventude é uma moeda de troca muito poderosa, devo a isso a consolidação da minha riqueza e influencia. Já meu prestigio de membro atingiu o patamar mais alto com a morte do primogênito Brujah, devido a isto, comecei a me envolver nos assuntos do príncipe.
Em uma de minhas viagens a Europa, mais especificamente em Roma, tive o privilegio de conhecer um membro influente, que futuramente se tornou um aliado. Em um jantar que se discutia politica e comercio ela chegou a mim, tocou em meu ombro e falou.
<D>: Preciso que faça algo para mim, preciso encontrar e prender um traidor.
Estranhamente me senti propenso a fazer o que me pedira, porem não fiz.
M: Desculpe minha senhora, mas porque eu deveria intervir nesse assunto?
Ao olhar para seu rosto notei uma cara de espanto, como se ela não acreditasse que seu feitiço não funcionara. Então ela olhou nos meus olhos e repetiu.
<D>: Preciso que faça algo para mim, preciso encontrar e prender um traidor.
Dessa vez fiquei muito tentado a fazer, porem novamente resisti. Olhando diretamente em seus olhos falei.
M: Sua bruxaria não funciona em mim, porem … Posso lhe ajudar se for do seu agrado.
Ela nitidamente se desagradou com minha resposta, mas abriu um sorriso e sentou ao meu lado para conversar.
<D> Sou <DANAVA> <TITULO KINDRED> peço sua ajuda para um assunto delicado, e que deve ser discreto. Somente membros do seu tipo são capazes de faze-lo. O que queres para realizar o serviço?
M: Presumo que saiba quem sou, e o que sou, e o que eu faço… Não peço nada, para você, faço de boa vontade, sem favores ou politicagem.
Agora nitidamente ela se surpreendeu.
<D>: Nada? Impossível… Todos sempre querem alguma coisa.
M: Correto, sei quem és <DANAVA>, ter sua gratidão, ... e quem sabe um dia, seu respeito, serão um pagamento mais que suficiente.
Era sorriu prazerosamente, a ponto de desviar seu olhar para o chão, mexeu nos cabelos, e me olhou novamente.
<D>: Jovem, seu pagamento já está sendo realizado, com um pouco de respeito.
Conversamos a noite toda, nossa relação de amizade começou naquela noite, incialmente de forma errada, mas se estabeleceu de forma correta, com uma conversa franca e agradável.
Ela precisava que eu capturasse um membro mago, que era capaz de sumir no ar, por essa razão eles precisavam de um desconhecido que conseguisse parar o tempo. A parte difícil são seria capitura-lo, mas sim saber onde e quando ele estaria, pois o espião aparecia invisível do nada e sumia da mesma forma. <DANAVA> havia me falado que em um sonho profetizou que eu seria o captor do espião, fiquei curioso com essa sua habilidade, e perguntei como ela sabia que eu seria capaz de ver o invisível. Ela me respondeu que não sabia como, mas que eu o veria, os deuses haviam falado isso. Perguntei a ela se não conseguiria “sonhar” onde ele estaria, e então me disse que não, o alvo conhecia formas de se esconder dos deuses, mas saberia da região onde ele apareceria. Heitor não ficou contente com meu favor “não remunerado”, eu falei para ele que toda boa ação gera resultados promissores, Heitor riu da minha cara, falou que aquele tipo de gente não ligava para isso. Felizmente Heitor estava errado sobre <DANAVA>, mas não sobre todos os outros, quando consegui encontrar o espião, consegui identifica-lo oculto mesmo sem nunca ter treinado para isso, minha percepção sempre foi boa, mas isso, ver o não visto era algo novo para mim. Consegui capturar o espião, me concentrei, parei o tempo, o empalei sem dificuldade e o recolhi, tarefa simples. Ao devolve-lo a <DANAVA>, ela me agradeceu, e com um belo sorriso me disse que embora meu pagamento já tivesse sido dado, ela fazia questão de me ensinar um segredo, e que ter também meu respeito seria muito útil a ela. Heitor não acreditou no que eu havia recebido, falou que eu havia nascido banhado em ouro, <DANAVA> me ensinou a habilidade do espião, a habilidade de dobrar a distancia com a magia. Devido aos acontecimentos futuros, somente consegui desenvolver melhor essa habilidade depois de me tornar príncipe. Cheguei a Roma com a intenção de fortalecer meus laços com os Humanos, e saí com uma aliada e uma nova e útil habilidade. Não perguntei a ela se profetizou algo a meu respeito, mas presumo que sua “necessidade de ter o meu respeito” não foram tomados sem uma consulta aos deuses.

CAPITULO 3
Príncipe Morcego

Nos anos seguintes, ocorreu muita movimentação humana, caçadores, lobisomens, inimigos, fadas aparecendo, eu já beirava os 200 anos, me tornará influente e respeitado, Heitor também adquiriu um pouco de status e estava ranzinza e descontente. Heitor estava achando estranho o êxodo dos antigos da região, alguns foram mortos e outros fugiram, e tiveram contratos expedidos. Todos os membros mais antigos estavam inquietos com o príncipe morcego, um Tzimisce velho, forte e cruel, capaz de se tornar uma besta com asas, por isso sua acunha.
Eu e Heitor chegamos a conclusão que era o príncipe quem matava aqueles que fossem capazes de desafia-lo, e todos aqueles que os apoiavam. Por isso não existiam membros antigos na região, que agora era Heitor e eu os mais antigos. Eu já tinha mais influencia e respeito que o próprio príncipe, estava inquieto e temeroso e agia com cautela para não despertar sua ira.
Em uma certa noite Heitor e eu discutimos se deveríamos fugir, surpreendentemente Heitor achou que não, ele me pegou pela nuca, olhou diretamente nos meus olhos e falou que eu era quem deveria ser o príncipe. Confesso, saboreei aquela ideia mesmo sabendo todo o risco que ela envolvia. Decidimos não buscar apoio dentro do domínio, nem mesmo na região, iriamos em outro domínio que a muito tempo não pisávamos, iriamos buscar o apoio de Roma, antigo lar de Heitor e minha morada por alguns anos quando jovem.
Era esse o plano, e daria certo com o apoio necessário, não existiam vampiros muito fortes na região, iriamos ao berço intelectual da Europa buscar apoio dos anciãos, o príncipe morcego era uma ameaça que se sustentava com valores antigos e não mais necessários, o medo. Heitor partiu na mesma noite, eu fiquei pois tinha assuntos no feudo a finalizar, eu iria no mais tardar no dia seguinte. Noite seguinte os xerifes vieram me ver, disseram que o príncipe requisitava os primogênitos, não notei mentira em suas auras, e fui ao encontro do príncipe.
Já no salão do principado e fui o primeiro a chegar, achei estranho, fui enganado, eu já estava na presença do príncipe e ele não estava nada amistoso.
P: “Seja bem vindo Markus, eu estava ansioso em ve-lo.”
M: “Principe” e fiz uma saudação com a cabeça.
P: “Andei escutando coisas ao seu respeito, coisas que deseja e que são muito ofensivas a mim”
Nesse momento compreendi a gravidade da situação, e o pior, eu estava no covil da besta. Comecei a me preparar para tentar fugir, enfrenta-lo seria sem sombra de duvida morte certa. Pensei, como foi que ele descobriu?
P: “O que foi Markus? Não tem nada a dizer? Não queres o meu lugar?
M: “Animais interpretam de forma errada o nosso modo de falar, tenho certeza que o que escutastes não condiz com a realiadade”.
P: “Então é isso? Admite que tens a intensão de me substituir?”
Não pude retrucar, pois ele tornou-se um morcego gigante e tentou me ferir. Me livrei dos seus ataques parando o tempo e correndo para outro local do saguao. Quando escuto sua monstruosa voz.
P: ”Traidor, não fugira de mim em meu covil.”
De fato estava difícil escapar, ele me encontrava rapidamente, embora não me ferisse o tempo começou a me esgotar e me ferir, eu estava sem saída. Consegui contornar até a porta, e dobrando o espaço atravessei ela sem abrir e corri como nunca corri antes. Exausto, dilacerado pelo tempo, e quase sem sangue parei e olhei para traz, percebi um vulto e um barulho atras de mim, e pela minha surpresa o morcego me encontrara novamente.
P: “Aonde vai Markus, ainda não terminamos”
Percebi que o príncipe brincava comigo, mas eu ainda tinha uma carta na manga. Eu deveria mata-lo, ou pelo menos tentar, eu não tinha mais forças para uma luta demorada, eu deveria puni-lo em apenas um golpe. Me concentrei e falei.
M: “Príncipe, eu sequer comecei...”
Então com meu ultimo esforço deferi um golpe com meus dois punhos em seu torso, o príncipe se surpreendeu com essa ousadia, tentou se esquivar mas não conseguiu. Meu golpe foi fulminante, acertei em cheio no meio de deu peito, suficiente para arremessa-lo para traz, esse golpe teria me matado sem sombra de duvidas. A força do golpe esmagou seu torso, suas costelas saltaram para fora de seu peito e seus pulmões estouraram, e com isso uma grande porção de sangue jorrou em mim. O banho de sangue quase me matou, era um sangue acido, me cegou e incapacitou, cai de joelhos esperando que tivesse dado certo, se eu tivesse tido exito possivelmente o sol me mataria. Escutei o príncipe levantar, não sei se foram meus ferimentos, ou sua tentativa de esquivar, ou sua grande resistência, mas o golpe não fora suficiente para mata-lo, embora o tenha ferido gravemente. Então ele veio até mim, me pegou pelo pescoço, parou, e me jogou no chão novamente.
P: “Admirável, realmente admirável, com os próprios punhos me feristes dessa maneira… E com apenas um golpe…. Markus, conquistastes o que queria, agora será de certa forma príncipe, como o meu senescal.”
Após falar isso me deu seu próprio sangue para beber, eu sabia o que significava, e prometi a mim mesmo que quando eu conseguisse me livrar dessa prisão eu o mataria. Eu estava a beira do frenesi, bebi seu sangue com gosto, nos dias seguintes fui tratado com seu sangue e seu laço se estabeleceu em definitivo, agora eu era o seu cão mais fiel.
Minha apresentação para os membros da primogênie foi algo bem orquestrado pelo príncipe, ele acusou um Gangrel de traição e no seu julgamento me apresentou. Eu estava de joelhos no lado de seu trono, somente de calças, e com um capuz negro com somente furos nos olhos, em meu pescoço havia uma corrente, como se eu fosse um escravo, e eu deveria estar sempre de olhos baixos na presença do príncipe. Então o principe falou:
P: <GENERICO> será sentenciado a morte, mas hoje estou de bom humor, poderá ter seu julgamento por combate, poderá escolhe para lutar contra mim ou contra o meu senescal.
Houve um silencio na sala, e o gangrel com uma voz animada falou que queria lutar contra o senescal. O principe então retirou minhas correntes e eu me levante perante meu adversário, o clima ficara tenso, eu sentia o medo dos primogênitos na sala. Meu adversário era um dos xerifes, forte como um touro, rapido e resistente, um homem de mais de 100 kg.
O gangrel olhou pra mim e perguntou se era eu o senescal, eu acenei com a cabeça, nesse momento ele abriu suas garras e veio como um raio, para sua surpresa, defendi todos os seus ataques. Fiquei parado sem revidar, e ele me atacou novamente, e novamente, me defendi de todos os seus ataques. Nesse momento o príncipe falou alto, “mate-o”, obedecendo dei o mesmo golpe que havia dado no príncipe, atingi o gangrel em cheio no meio do seu peito, mas desta vez eu não estava ferido, o grangel não era tao resistente, e não se esquivou muito bem. Quando meus punhos esmagaram seu peito, faiscas de fogo apareceram e com elas o corpo de meu adversário virava pó. O principe riu, riu muito, e então veio até mim, retirou minha mascara e me apresentou aos primogenitos, os quais se espantaram. O príncipe triunfará mais uma vez, com sua politica de medo.
Meu papel como senescal era para oprimir, depois do espetáculo que dera os membros ficaram mais inquietos ainda, como se não bastasse um monstro, agora havia um segundo sobre o seu controle. Heitor ficou sabendo do espetáculo, um contrato havia sido feito pela sua cabeça, desta forma ele começou a articular pelos bastidores. Heitor chegou ao <MIGUEL>, um erudito Tzimisce, que estava preocupado com o principe.<MIGUEL> soube que eu quase matei o principe no dia de minha captura, ele achava que eu era a unica chance de confronta-lo. Esse erudito sabia de um ritual capaz de quebrar laço, Heitor prometeu ajuda a ele em meu nome para convence-lo em ajudar, e assim fizeram, conspiraram junto com outros membros para tentar me libertar e confrontar de ver o principe. Quando me lembro dessas considerações acho engraçado, pois o medo foi o que conspirou contra o príncipe morcego, suas atitudes eram efetivas mas não eram eficazes.
Depois de alguns meses recebi informação que Heitor estivera em um local, o príncipe me incumbirá de matá-lo, e assim eu o obedecia. Eu sabia das habilidades arcanas de <MIGUEL>, o próprio príncipe me instruiu a procurá-lo caso necessitasse de algo, e assim eu o fiz. Solicitei uma magia de rastreamento, <MIGUEL> me falara que poderia lançar uma magia em mim, e que no final dela eu saberia onde Heitor estaria. Muito sábio da parte do <MIGUEL>, não mentirá, mas não contará o que era a magia, e eu não liguei para isso no momento, eu só queria encontrar Heitor. <MIGUEL> fez o ritual em mim, mas seu efeito seria sentido em alguns dias. E fez, se o príncipe não tivesse me dado sangue na noite seguinte, eu possivelmente já teria me livrado de seu laço, o efeito foi quase desfeito.
Ao procurar Heitor naquela noite ele se apresentou a mim, talvez fosse o efeito do ritual, mas eu não tive vontade de matá-lo, fiz melhor, o abracei fazendo com que ele se acalmasse e me contasse do seu plano. Então eu falei a ele, que na noite seguinte teria uma reunião do príncipe com os primogênitos, possivelmente ele iria chamar mais uma caçada se sangue. Eu havia feito Heitor pensar que seria o melhor momento para destronar o morcego, e na verdade eu o estava levando para sua morte.
Na terceira noite após o ritual foi a reunião no salão do principado, ele não dividia seus assuntos comigo, eu era mais um troféu do que um braço direito, eu fazia somente seus comunicados e executava suas ordens, o laço é realmente poderoso. O assunto da reunião seria dito pelo príncipe quando todos estivessem presentes, mas isso não chegou a acontecer, Heitor aparecera e tornou aquele encontro do medo em algo mais interessante.
Heitor se dirigiu com sua espada em punhos a centro do salão, eu ao notar isso tentei me dirigir a ele para confrontá-lo, mas o príncipe bloqueou meu caminho com seu braço e falou que ele iria resolver isso. Houve um breve dialogo.
H: Pela ordem do conselho dos ancião, eu justicar Heitor estou te destituindo de seu principado para que um novo príncipe assuma.
P: Justicar Heitor? Desde quanto ostenta esse título? Inventastes sobre pretexto de me usurpar?
H: Fui nomeado quando suas ações começaram a ameaçar o futuro de todos os membros do seu dominio.
P: Tolo insolente, se foram os anciãos quem o mandaram, porque não vieram junto com você? … Espere, eu sei o porque, todos eles tem medo de mim, e devolverei sua cabeça a eles.
O combate começou entre os dois, inicialmente Heitor desferiu golpes precisos com a sua espada no príncipe, a qual se despedaçou com o ácido que jorrou de seus ferimentos. Já o príncipe desferiu golpes devastadores em Heitor, que fora ferido mas não morto. Heitor era muito resistente e forte, e o príncipe também. Sem sua espada, Heitor fez suas garras, mas ele não era tão bom com elas quanto com sua arma. O fator decisivo foi a agilidade do príncipe, o domínio do tempo de Heitor não era como o meu, era inferior, nesses combates duradouros Heitor era resiliente, mas o príncipe bloqueava seus ataques com facilidade, deixando claro o porque era tão temido. No final, sem sofre sequer um ferimento sério, o príncipe subjugou Heitor.
P: Chega a ser uma piada como justicar, seu pupilo me feriu mais com um golpe do que você em um combate. Agora mostro a todos o que acontece com quem me enfrenta.
Então o príncipe pega seu adversário e morde sua jugular, estava executando uma diablerie em frente aos mais antigos membros de sua prole.
Quando olhei para a cena, inicialmente não me incomodei, achei normal, até justa a punição pelo desafio, mas algo me veio a mente, o tempo. Talvez o ritual tenha feito efeito somente naquele momento, uma manifestação espontânea de Temporis em minha mente me fez relembrar toda minha história com Heitor em uma fração de segundo, me libertou do torpor que estivera, eu despertei de meu transe naquele momento. Tomei consciência do que estava acontecendo e gritei.
M: BASTA
Surpreso, o príncipe parou, segurou sua moribunda presa com uma das suas monstruosas mão e me encarou, todos no salão me observavam, eu estava a beira do frenesi. Heitor em seu ultimo suspiro gemeu suas ultimas palavras.
H: Príncipe Markus ….
Quando terminou suas moribundas palavras o príncipe cravou suas garras em seu pescoço, transformando o grande homem que Heitor era em pó. Lagrimas de sangue escorreram em minha inexpressiva face pouco antes da besta tomar minha vontade, não me recordo o quanto parei o tempo naquele momento, mas lembro muito bem da cara de espanto do morcego, o esmurrei mais de vinte vezes, e quando o tempo voltou ao seu fluxo normal, minha reentrada me dilacerou, abriu rasgos em minha pele, me recordo dessa dor até hoje. Junto com meus gritos de dor o então príncipe virava pó. Parado, inexpressivo, aguardei alguma reação, e ao contrário do que eu esperava, a reação foi de aplausos. Os primogênitos que testemunharam o evento, ficaram aliviados com a morte do morcego, e desde já me apoiaram como seu príncipe.

CAPITULO 4
A Nova Ordem

Após minha ascensão ao principado, notei que essa era minha vocação, todo o poder e influencia que desejara durante minha vida mortal e inicio da imortal foram completamente saciados com o poder do príncipe, eu tinha em uma mão a salvação e na outra a destruição, cabia a mim julgar e decidir o destino dos membros e mortais que estavam em meu domínio. Heitor me ensinou que o poder não existia para ser conquistado, mas sim era apresentado aos que tivessem ambição de tê-lo, o poder corrompe, traz o prior de todos, se bem usado e dosado, se torna uma arma segura que jamais poderá ser tomado. Dosei o poder entre meus aliados, possibilitei uma descentralização, assim como fiz com a federação comercial, sobre determinados assuntos um conselho deliberava e eu aprovava, montamos uma ordem de segredos e proteção do domínio, e consequentemente, dos membros, para que possamos nos proteger dos mais antigos e dos que almejam aquilo que temos, definimos leis e diretivas para o futuro. Uma nova ordem foi criada, e com o passar dos ano ela se provou ser mais eficaz e poderosa que a existente anteriormente.
Já faziam décadas desde que me tornará príncipe, ajudei diversos membros de minha prole, estabeleci um conselho para decisões referentes a membros, algo que eu participava em Cartago e anteriormente em Roma, pedia ate definir meu principado como uma republica. Os anciões gostaram, recebi inúmeras visitas de membros mais antigos do que eu, fui inclusive ouvido sobre decisões na região, e hoje sou considerado um membro ancião para a sociedade vampírica.
Desde a morte de Heitor um vazio me dominou, parecia que um pedaço de meu ser morrera com ele, agora entendo o que ele me disse quando me abraçou, para evitar a loucura devemos nos apoiar em um pilar, devemos compartilhar e evoluir, sem isso enlouquecemos e nos tornamos monstros, Heitor era de fato sábio.
Certa noite esta treinando as crianças mortais de meu feudo, mais uma vez eu estava repetindo o que Heitor fazia, mas desta vez era eu quem procurava um pupilo. Treinei muita gente, ensinei historias, ensinei a me obedecerem, mas nenhum me chamou, nenhum me surpreendeu, nenhum prestou. Nesta noite <MIGUEL> me convocou, desde sua ajuda para eu superar o príncipe morcego passei a respeitá-lo, seu controle da besta era algo poderoso, sua paixão pelos mistérios e conhecimento faziam dele alguém sábio, ele deveria ser preservado e seus desejos deveriam ser realizados, eu precisava desse aliado ao meu lado.
<MIGUEL> veio a mim com muito respeito e solenidade, me falou da historia da aberração e de seu abandono pelo seu senhor. <MIGUEL> me explicará como encontrou a aberração, e agora estava pedindo entrada e proteção em meu domínio para tal criatura. Pensei por horas naquele momento, confesso que minha primeira ideia foi destruir a aberração, caçar, e punir o seu estupido senhor, mas depois lembrei das historias dos cavaleiros alados, capazes montar em dragões e comanda-los a sua vontade, riscos altos podem trazer consigo recompensas mais altas, então decidi dar uma chance e ver como era essa aberração para então decidir se iria destruí-la.
Recebi o mago e a besta em meu salão, o antigo salão do principado fis questão de destruí-lo. Escutei a historia da própria boca da aberração, e confesso, me admirei com a criatura, seu comportamento foi contido, calmo e parecia estar ciente da gravidade da sua situação. Pensei novamente por algumas horas naquele momento, cheguei a conclusão que a criatura iria matar qualquer guardião que eu designará para acompanha-lo, não de imediato mas em algum momento de descontrole, e com isso me causaria um problema sério. Matá-lo nesse instante seria uma decisão incontestável, mas se eu o criasse como meu pupilo, lhe ensinasse nosso modo de vida, e principalmente, meu modo de pensar e agir, seria uma decisão formidável, ele poderia ser o pilar que eu estivera procurando até então. E se caso a aberração se tornasse instável, eu estaria perto, eu a mataria.
Então rapidamente decidi, agradeci ao <MIGUEL> e informei minha decisão.
“<ABERRAÇãO>, você ficará comigo, não como prisioneiro, o criarei ele sob o meu braço, irei pessoalmente ensinar o que deverás saberé, o que pode e o que não pode fazer, serei responsável pelas suas ações até ser autônomo para ser punido por eventuais falhas.”
Mais uma vez o poder bateu em minha porta, e desta vez me tornou mentor e protetor de uma Aberração, coincidência ou não acabei preenchendo o vazio que sentia, comecei a fundamentar meu pilar nesse jovem vampiro. Confesso que nos primeiros meses eu acordava e pensava se seria naquela noite que iria matá-lo, mas a criatura me surpreendeu, passei a respeita-la, e principalmente, considera-la como um igual. Provi tudo que necessitara, dos dons, quando pude treina-lo, o fiz de bom grado, e os que não conhecia arrumei quem conhecesse. A aberração era mais humana que muitos membros que eu já conheci, isso ainda me intriga, ainda não entendi do porque o abraço, realmente não acho que seu senhor sabia de sua condição, nunca quis mencionar e nem relembrar seu momento do abraço, existem coisas que devem ficar guardados e esquecidos, deixei seu senhor impune e solto no mundo.
Com o passar dos anos acabamos ficando confidentes, embora ele fosse como Heitor, em não cobiçar títulos, meu desejo era que ele fosse meu senescal, mas isso não seria possível devido a composição e hierarquia que eu havia adotado na nova ordem. Embora ele não detém título, eu ainda compartilho com ele assuntos pertinentes, e alguns segredos, ele tem gosto por tarefas de caça, talvez pela sua conexão com os lobos, tem vezes eu o permito ajudar em caçadas junto com os membros.
Em noites calmas ainda relembro do nosso primeiro encontro, enquanto aprecio um bom vinho, penso sobre a excelente decisão que tive, e os frutos que ela me proporcionou, mais um grande aliado ao meu lado, eu faço questão que ele saiba da sua importância, não somente para nossa sociedade, mas para a minha pessoa.


CAPITULO 5
Fantasmas do Passado

Muitos anos antes da aberração chegar a mim, outro aliado me encontrou, um aliado que me fez lembrar de momentos há muito esquecidos, momentos felizes. Após me consolidar como príncipe, <DANAVA> veio me visitar, nos conhecemos a muitas décadas, nos breves anos que andamos juntos foram agradáveis para ambos, havia um respeito mutuo.
Decidi então comemorar, dei uma grande festa em meu feudo, convidei meus inúmeros familiares e membros da região, até mesmo o príncipe de Cartago veio em em minha celebração. Não foi o príncipe de Cartago que chamou minha atenção na comemoração, foi um fantasma, ou melhor, uma fantasma, Anne, a única mulher que amará de verdade até o presente momento. Eu sou capaz de inúmeros feitos, meus olhos veem aquilo que não pode ser visto, e eles não estavam sendo engados, estavam vendo a verdade.
O que me assombrou foi a presença de magia naquela mulher, pensei que fosse uma bruxa, com muita cautela fui ao encontro da miragem. <MARQUITO> era um membro que viera do norte para minha cidade, estava a procura da ordem dos magos da região e usou o pretexto da festa para chegar e se apresentar a mim, o príncipe. Descobri que ela, <MARQUITO>, era minha neta de sangue, e por isso sua espantosa semelhança com meu falecido amor. Fiz questão de hospeda-la em meu feudo, lhe provi as necessidades básicas e abrigo, a ajudei a encontrar sua ordem, isso tudo para alimentar minha fraqueza, o meu vazio interior, infelizmente a sua única semelhança com minha amada era a sua aparência. Mantenho boas relações com <MARQUITO>, fiz questão de mante-la em meu domínio, e mais questão para que ela soubesse disso. Um corpo é uma composição de partes com suas determinadas funções, meu principado é o mesmo, cada membro tem sua importância e <MARQUITO> provou ser parte desse corpo, não por ter meu sangue, mas por merecimento. Sou grato aos deuses por tela encontrado.

Dancain
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