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História de Balthazar

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Mensagem por Dancain Qui Abr 13, 2017 10:56 am

Balthazar, o Último Del Roh

Estou sentado sobre o Big Bang, admirando a estrela vermelha que nasceu esta noite, não sei se todos podem vê-la.
Escrevo minha história com o item mais moderno que conheço, no item mais velho que possuo. Uma caneta a laser para esculpir metais, em meu escudo mágico de weyland-wyrcan de mais de 3 mil anos.
Escrevo isto para que você meu leitor saiba que nós já existimos - Nós os Vampiros, saiba que apesar de lutarmos pela continuidade da Terra somos monstros- piores que vocês humanos.
Sei que meu tempo aqui vai acabar em breve – Graças a Baal, espero ter feito o suficiente para que o tempo da Terra não tenha chegado ao fim, mas agradeço muito que o meu fim esteja próximo, hoje sou uma massa morta que caminha e bebe sangue, sangue de outros mortos como eu, não tenho prazer mais nem nisto, não sinto o gosto de nada, nem prazer com nada, não lembro mais a sensação do sol na pele, na verdade nem do vento... não sinto mais nada a muitos anos.
Bom, como diria David Copperfield:
Nasci em Carthago em 1188 AM - 538 AC , no dia 16 do Primeiro de Akquet, ou para meu irmão, em Muharram. Sou o mais novo de irmão gêmeos, Nossa mãe contava que quando israfil nasceu havia sol, quando eu nasci havia a lua. Nascemos com uma deformação nos olhos, nossos olhos são como os de felinos, ainda bem que a igreja católica não existia, pois se não, teríamos sido eliminados pelos olhos Mefistofélicos. Nos tinham uma única diferença, eu era canhoto e israfil destro.
Fui muito bem educado, criado em uma família de posses, aprendi a ler e escrever, fui alfabetizado em Aramaico e Púnico ao Longo dos anos aprendi Latin, Helenico e Copta. Fui educado como príncipe, mesmo sendo descendente de castas baixas, meus pais, árabes, fizeram fortuna com ferro de Damasco em Carthago. Mesmo tendo sido criado dentro do islamismo, meu pai tinha suas diferenças com a religião. Fui ensinado a dançar, tocar Alaúde e Kanoum . Nosso pai era um grande ferreiro, que expandiu os negócios ao ponto de termos que nos mudar para Útica para facilmente vendermos armas para todas as cidades estados da civilização Cartaginense, fomos morar lá ainda jovens, mas passávamos épocas em Carthago visitando o resto da família, nossa família era grande.
Sempre fui muito simpático e comunicativo, meu pai me via como um comerciante nato, desde pequeno ia para forja com meu pai, tenho algumas cicatrizes. Minha mãe não me via com os mesmos olhos, o preferido dela claramente era israfil.
meu irmão é mais sonso, não tem jogo de cintura, não sabe vender... Minha mãe dizia que eu era um mentiroso manipulador e meu irmão honesto e bem educado...- Sabe, não existe filho preferido, mas meu pai compensava. Minha voz e do meu irmão eram iguais quando pequenos, mas durante a adolescência fui me tornando garboso, imponente... Minha mãe dizia que eu era arrogante, nossa voz e entonação hoje não são nada parecida... na real não somos nada parecidos a muitos séculos
Eu e meu irmão sempre tivemos uma conexão muito forte e quando viramos vampiros ela ficou sobrenatural, sei quando qualquer coisa acontece com ele... E nunca mais consegui mentir para ele, o que foi uma merda
Talvez você leitor esteja questionando meu linguajar coloquial, mas você não imagina as crianças que representam os internalizas dos dias atuais
Aos 14 anos consegui entrar para o exército, trabalhava na forja como aprendiz ensinando meus professores. Aos 16 virei soldado Cartaginense, acho que vi orgulho na minha mãe. No meu pai era obvio ele dizia que um grande homem era aquele que sabia dançar, tocar instrumentos e ser militar. Sempre despontei meus colegas e em muito pouco tempo eu era General. Quando recebi minha patente meu pai me deu uma placa de um brasão de uma família muito rica qualquer que era feito em um metal chamado weyland-wyrcan, era o metal mais difícil de forjar e o mais resistente que já existiu, mais ainda que aço de damasco... que era ferro na verdade. Levei um ano para Forjar meu Escudo, Meu Leviathan – Sim meu escudo tem nome.
Com os treinamentos de combate desenvolvi ambidestra para manter o escudo e a espada em equilíbrio
Ferreiro, Islamita, Poliglota, religioso, general e com uma facilidade imensa para me camuflar não havia como não chamar atenção deles...
Era noite, eu estava guardando os materiais depois de uma reunião em um acampamento próximo a Ásia onde enfrentávamos beduínos quando uma figura negra, mas tão negra que não era possível ver. Eu o enxergava pois ele era a parte que meus olhos não viam, havia algo humanoide, árabe, a roupa negra era clara perto dele.
Acho que cheguei a sacar minha espada... ou não. Bom eu acordei em um Alamut, deitado em uma cama nobre, tentei sair sorrateiramente, mas aquela figura voltou, com duas mulheres gritando... Elas ficaram em silêncio...
Eu bebia sangue, me movia como o vento, ao sair. a noite não era mais tão escura, tudo era mais vivo, mais belo.... Ao menos é assim nas primeiras décadas
Meu senhor Al-Ashrad progênie de Ur-Shulgi- Primogênito de Haquim O primeiro Diablerista
Diablerie é uma coisa pior que matar alguém para beber sangue, é matar alguém para beber a alma, meu clã Os Assamitas foram os precursores da arte, tão precursores que tenho vides negras na aura até hoje. Vides ficam na aura quando tu bebes a alma de outro Kindred, mas os Assamitas costumavam ter elas sempre de tanto que seus senhores fizeram diablerie as vides ficaram para toda a eternidade.
Meus primeiros anos foram difíceis como Assamita, não concordava com quase nada, acho que meu irmão teria se dado melhor. Este foi o período mais longo que fiquei sem meu irmão – 7 Anos. O mais difícil foi abandonar Baal, pois para os Assamitas havia apenas Haquim.
No início eu era um Fida’i que é basicamente a bucha de canhão que se mata por Haquim e pelo Alamut, não era uma boa função. Eu era bom, foi fácil crescer e me tornar um Rafiq, meu maior objetivo era ver meu irmão de novo, meus pais. Rafiq são assassinos que se afastam do Alamut, eu queria muito sair de perto dos olhos do meu senhor, não traziam bons fluidos, mas eu estranhamente o achava legal, mas um legal que eu olhava para baixo
Minha primeira missão foi matar um general Cartaginense hAnibal, um grande amigo meu – não podia matar ele, mas aproveitei a missão para rever meus pais... Eles haviam morrido, morreram bem, mas eu perdi seus últimos anos pois um desgraçado resolveu me fazer de bucha de canhão do Deus dele. Foi estranho meu encontro com israfil Ele pensava que eu estava morto a 10 Anos, e estava em parte certo, mas eu, eu não sabia que ele também havia morrido. Ele disse que de certa forma sempre soube que eu estava vivo e que estava sofrendo comigo. Eu comentei que eu não queria mais estar lá, mas voltava e obedecia, como uma doença.
Anos depois fui descobrir que eu estava sob laço de sangue. Algo que faz tu seguires sem pestanejar ou amar sem motivo alguém por beber o sangue dele.
Meu irmão tentou me obrigar a ficar, eu queria muito, mas além dele ficar em risco e o Alamut se unir para me matar, grande parte de mim queria voltar... Deveria ter ficado, Não matei hAnibal e por isto fui torturado por muitas noites não lembro quantas - fui doutrinado ... Me destruíram, eu não era mais eu, eu era uma ferramenta de matar.
Com eles treinei muitos anos, me tornei algo como um deles, mas oco. A solidão me fez ter uma progênie, alguém bom, calmo e sábio como meu irmão, Azif era seu nome, meu filho, meu irmão, alguém que me deu forças para continuar.
Sempre treinei como um deles, mas algo sempre me disse que iria enfrentá-los, então tratei de, com meu pouco conhecimento de magia, inserir os venenos e toxinas e drogas em mi, em doses suficientes para não matar e meu corpo se tornar mais forte.
A Guerra: Os árabes tentaram invadir a sociedade cartaginense, eu fui um dos Generais contra a minha Terra.
Na Guerra, encontro meu Irmão... Ele é um inimigo e devo matá-lo, ele não luta, na verdade mal se defende, israfil fala, fala de Deus, da nossa família, de amor e eu o ataco. Acho que esta foi a pior coisa que fiz em toda minha existência, quase matei meu irmão que nem se defendia, eu era um Assamita, infeliz, sofrendo, mas forjado para matar. Porém como ferreiro sei que se usar o material erado para a ferramenta errada, ela quebra... E eu quebrei, quando minha alma viu meu irmão ferido no chão, chorando por mim e não por seus ferimentos eu desabei. Descobri que vampiros choram, talvez uma ou duas vezes, mas nós choramos, choramos lagrimas de sangue

Me tiraram de minha família
Destruíram minhas crenças
Ordenaram que eu matasse um amigo
Me separam de meu irmão
Me fizeram um assassino
Me torturaram
Me fizeram destruir minha terra
Mas não conseguiram fazer eu matar meu irmão
Voltei ao Alamut e o incendiei, fingi para Azif que não sabia o que estava ocorrendo, matei os que eu sabia que poderia matar, e fugimos eu e Azif
Naquela noite dormimos em uma caverna em uma região de mata mais pesada, já dentro dos domínios de Carthago, Ao cair da noite estávamos cercados. Era uma luta absurdamente desigual, mas eu ia levar o máximo que pudesse aos braços de Baal, pois esta gente só merece uma coisa... por toda a eternidade
Os Assamitas começaram a ser atacados de fora, por alguém que se mimetizava na floresta, ou pela própria floresta, várias guerreiras que hoje sei que eram amazonas, mas que para mim foram anjos, resolveram nos salvar, a mim e a Azir. Eram guerreiras Druidas e mataram quase todos, uma das irmãs, como elas chamavam, morreu lutando por nós, por 666 anos, todos os anos levava sementes para plantar ao redor de onde ela foi enterrada, cultivei seu cemitério até ele ser uma floresta densa e eu não mais saber onde ela foi colocada
Elas mataram quase todos, menos Al-Ashrad, elas não o viam, ele não lutou, ele ficou me olhando e me permitindo vê-lo, seus olhos não eram de ódio, eram de frustração, acho que dentro da loucura dele eu era realmente importante para ele. As Ahrimanes acharam que eu olhava para o nada, por muitos anos achei que ele me mataria, mas nunca mais o vi
As guerreiras nos salvaram, pois odiavam Assamitas, haviam ido lá para nos matar, mas quando viram que nós íamos ser mortos por vários Assamitas, optaram pela mais valia de inimigo do meu inimigo é meu amigo. Até hoje sinto que devo minha vida para a líder delas, e em parte, para todas.
Pedimos autorização para viver algum tempo na caverna, elas permitiram com certas restrições como caçar fora e não ir em certas áreas.
Volto a conviver esporadicamente com israfil
Contamos nossa história para elas e Valkirja decidiu que poderíamos viver, mas que assim que o risco de outro ataque Assamita cessasse deveríamos nos apresentar ao Príncipe.
Passamos dois anos próximos a elas, eu tive uma educação machista por parte de mãe e feminista por parte de pai, mas elas eram diferentes, elas acreditavam que a mulher era superior ao homem, hoje sei que eram femistas, talvez as precursoras disto. Com elas aprendi muito sobre vida na selva e animais, mesmo sendo militar, meus treinamentos do exército eram em cidades e desertos, trocamos conhecimentos, ensinamos segredos Assamitas. Azir aprendeu Protean, eu aprendi Animalismo, elas... bom elas aprenderam tudo que sabíamos e não me arrependo
Com os anos se passando me tornei amigo de Valkirja, afinal eu devia a vida a ela, ela dizia que não, que não precisava de um homem para protege-la, mas no fundo sabe que em muitos combates nos ajudamos bastante. Várias vezes brigou comigo quando interferi para protege-la.
Anos depois, quando o príncipe Tzimicie caiu e o _______________assumiu, nos tornamos membros do círculo dos anciões de Útica
Meu Irmão sentiu onde eu estava e foi ao meu encontro, passamos a nos ver novamente
Certa noite na floresta, já havia voltado para Útica, mas continuava indo lá de quando em vez, ouvi sons não muito distantes e fui ver o que havia, eram mulheres dançando com um bode. Por semanas as observava, toda mudança de lua lá estavam elas e o bode.
Certa noite sinto o peso de uma enorme mão em meus ombros, um homem, muito belo, de cor de mármore, olhos vermelhos e asas de anjo para nas minhas costas. Não consigo reagir parece que sua mão pesa tanto que sinto a culpa por todos que matei
Moloch – Procuro-te a décadas, o acompanhei desde a infância e Al-Ashrad o roubou de mim!
Sua dor passará até os ossos de teu senhor e não mais progênie deste serás. Ele crava seus dentes em meu pescoço e sinto a morte novamente. Minhas lembranças não são claras, lembro das mulheres ao redor, lembro do corvo de 3 olhos e do bode, Eu achei que ele estava me diablerizando, quando estava pra morrer ele corta seu punho e as mulheres seu ventre e jorram saguem em mim... o bode some. A dor foi muito maior do que quando fui abraçado pela primeira vez, mas a sensação de poder, a forma de ver o mundo, de sentir a verdade e a conexão com o divino foram muito diferentes
Moloch – Aceite Baal como teu deus, ou morra por teu profeta. Ele arranca o coração de uma das moças e me entrega ainda batendo, eu o devoro
Sou Baali, não temos identidade, somos todos baalis
Após ser novamente abraçado caminho em direção a uma cachoeira que sei que tem próxima, estou diferente, mais pesado, meus pés são do bode, tenho chifre e cauda com ponta. Preciso ver meu reflexo. Olho meu reflexo, sou algo muito diferente, sou homem, mulher e bode. Sou o fenótipo de Baphomet! – Agradeço saber alterar minha aparência a Baal
Eu amo ser Baali! Pena que Moloch não me encontrou antes
Anos se passam vivendo na cidade de Útica, meu irmão seguiu os negócios, mas não era tanto o que ele queria, passei a dirigir a empresa e nos tornamos os fornecedores de armas de todo o norte da África e parte do Mediterrâneo.
Faço um pacto com um demônio, muito mais por curiosidade, alguns anos depois descubro que aquilo era sinal de fraqueza
Construí uma fortaleza com auxílio de demônios descartáveis em um lado da cidade e no extremo oposto uma casa de abrigo para mulheres e crianças, onde se ensina lidas domésticas, ler, escrever e forja
Com muitos anos estudando descubro como convocar o demônio com o qual fiz pacto, o convoco e o mato
Um corvo habita minha casa e ele tem três olhos. Estava em meu abraço segundo. Com o tempo passo a dar sangue e cuidar dele, sei que ele tem a ver com meu irmão, mas gosto dele e nem mentir pra israfil eu consigo, então prefiro manter o mistério
Aprendo a convocar demônios submissos e convoco um animal infernal que habita a terra como um cavalo
Vivemos muitas coisas entre todos do grupo que mais tarde iria se unir contra o inevitável
Moloch decide viver em Cartago e me entrega um olho fossilizado, dizendo que é para cuidar de mim em sua ausência, forjo ele em meu escudo. Meu escudo passa a me proteger
De anos em anos cultivo algumas mulheres especiais da casa para administrar a casa e minha vida
Minh pele se torna negra, anos depois perco minha alma ou a domino, ainda não compreendo bem o que sou e o que sinto, o nada me tomará daqui muitos séculos
Tenho outras duas progênies ao longo dos anos, mas sem muito apego, mais para povoar a terra e aumentar a colmeia, são jovens em breve conto mais sobre elas, por hora acabou o escudo, e mal completei 300 anos...


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